LARRY TEE - AINDA POR AÍ?!
Entrevista por: Lucio Ka-hara dezembro 2004 para o portal Cena Eletrônica
KA-HARA - Esta é a terceira vez que você vem ao Brasil. O que chama sua atenção em nosso país? O que você espera desta nova visita? Você tem algo preparada para seu set (se você já se apresentou, como foi)?
LARRY TEE: Eu gostaria de poder ficar mais tempo no Brasil desta vez. Sempre me divirto muito por aqui e gostaria de ficar uma semana ou duas para curtir os clubs e fazer turismo. Minha apresentação em São Paulo foi muito legal pois minha amiga Erika Palomino celebrou seu aniversário comigo no Ampgalaxy, juntamente com muitos outros grandes amigos brasileiros que tenho. Nunca planejo meu set pois tento tocar de acordo com a vibe das pessoas.
KA-HARA - Na sua última vinda ao Brasil eu tive o prazer de vê-lo tocar no Center Light Shopping Mall, no centro de São Paulo. Você é eclético em seus sets? Podemos esperar algo electro-rocker?
LARRY TEE: As pessoas perguntam se irão ouvir algo específico, como electro rock, clash ou glitchpunk. Prometo tocar o que gosto mais e o que for mais dancável no momento. É muito difícil ser fiel quando meu gosto depende do último disco lançado.
KA-HARA - Você acha que "dirty-disco" é um substitudo do "electroclash"? Você pode definir a cena Nova Iorquina no momento? É possível rotulá-la??
LARRY TEE: O electroclash acabou para mim, embora sua influência pode ser ouvida na música que toco e componho. Dirty Disco é apenas um jeito bem humorado de descrever meu novo set, já que estou tocando em lugares maiores hoje em dia. Em New York a cena muda toda hora e as pessoas sempre gostam muito do que acontece por lá. Há muitos bons artistas fazendo música em NYC, mas os clubs estão ficando menores. Falando nisso, meu club tem capacidade para 3500 pessoas. Micro-house, glitch-punk, e rock and roll são muito populares no momento.
KA-HARA - Como foi o Outsider Electronic Music Festival 2004 em termos de novos talentos, artistas e produtores da nova música eletrônica? Alguma banda em especial chamou sua atenção?
LARRY TEE: O festival deste ano foi, definitivamente, meu favorito. Tivemos Whitey, Glimmer Twins, Radioslave, Stink Mitt, Dead Combo, Joost Van Bellen, The Glass, Male Room e muitos outros. Decidi ter um line up mais rock para mudar inteiramente a direção do meu festival. Produzindo este encontro eu posso aproveitar novos artistas e dividi-los com outras pessoas de New York.
KA-HARA - Os grandes desfiles de moda na Europa, EStados Unidos e Brasil incluem músicas e bandas de electro em seus sets. Você acha que a nova cena influencia de alguma maneira os novos talentos? Você tem algum estilista favorito?
LARRY TEE: Moda e música sempre andaram lado a lado. Música tem um jeito de mudar a direção do estilista - e com certeza a MTV leva as roupas de designers e reveste a música pop. Eu amo as roupas de Hedi Slimane mas prefiro roupas brasileiras da Ampgalaxy, Walerio Arujo e Theodoa pois ningúem nos Estados Unidos ou Europa têm roupas deles.Exclusividade é a essência da moda para mim.
KA-HARA - No documentário "Colisão de Culturas" (Clash of Cultures) você diz que o house está ficando chato. Você acha realmetne que está faltando criatividade aos produtores de house music? Como está o cenário do house em New York??"
LARRY TEE: Talvez seja o house tribal de New York que me entedia. Viajando pela Europa e Austrália (etc) vejo que o house é melhor, mas na realidade eu sou um amante do electronic punk. A cena em New York está estagnada, mas espero que isso mude pois as platéias estão diminuindo. Este fato sempre acaba afetando as trilhas.
KA-HARA - O que você conhece da cena electro brasileira? Algum DJ, produtor ou artista chama sua atenção?
LARRY TEE: Gosto de No Porn e DJ Marlboro. Tenho tocado com ótimos DJs no Brasil mas admito que só sei o nome de poucos. Mencionar um ou dois seria um insulto aos grandes DJs brasileiros.
KA-HARA - O filme "Party Monster" mostra a realidade de metade dos anos 80 ou foi muito alterada? Como seria o filme se o diretor você você??
LARRY TEE: Party Monster não é um filme tão ruim como imaginei que seria, embora tenha sido eu que inventou o nome Club Disco 2000, ao contrário do que diz o filme. Se eu fosse o diretor teria transformado o filme em algo mais humano. As pessoas que frequentavam os clubs eram realmetne tristes. Naquela época eu estava procurando por talentos e produzindo música, enquanto a maioria das pessoas só queria se drogar. Eu realmente tinha pena de Michael Alig, pois nada daquilo teria acontecido se ele não fosse um viciado em drogas.
eu amo o larry tee, fora que ele é um fofo e eu tive o prazer de tê-lo na minha última ceia de natal com a família! imagine ele cuidando das musiquinhas natalinas enquanto a vovó dizia "o som melhorou este ano, hein?"... rs...
ResponderExcluirIt's a good dj
ResponderExcluirvisit mine blog : about electronic music : dj sets & movie lives
> math95@gmail.com
cya